Anoitecendo
Brumas maciças da complexidade
Descem pelos estilos de uma tez santa
Ao citar o gosto que tanto encanta
Saem da história os versos da deidade.
O coração fibrila ao sangue exato
Nas nervuras as agruras que aturas
Uma víbora arma o veneno que dura
Permeando o burgo no sofrer inato.
Estátuas flébeis, de flores e espinhos
Do original um temporal tão magistral
No jardim que olhava as cores e ninhos.
Ainda nulo o amor e seus caminhos
Na consciência da recordação ancestral
Na alma chagada os desejos daninhos.