UM HIATO NA ETERNIDADE
Repousa-te em mim ó querida!
Aquieta-te em meu peito, amada!
Pois, tão ligeira e fugaz é a vida,
E tão curta e estreita a estrada...
Somente os minutos eternos,
Conseguem abrir-lhe um hiato.
Os relógios se permitem lerdos
Se o tempo é mais largo e lato.
O tempo passou tão depressa...
E a velhice edificou um paço.
Mas, amor, vênia concessa...
Nada se resolve com a pressa,
E a vida é bem mais sensata,
Tendo-te plena em meu regaço.