PASSADOS
Eu ando nas ruas,
Como quem vê a morte.
Não a morte nobre daquelas idades nuas,
Mas aquela que no corpo presenteia cortes.
Assim, ao andar novamente,
Espero que seja no céu.
Desejar os infernos somente.
E transformar-me, enfim, em bom réu
E quem me deras ser tal maldade.
Poderiam, assim, ver nas ruas
Aquele de que um dia tiveram saudade.
Cale a boca! Contente-se com o que vai ficar.
Do mal eu provei a verdade...
E o samaritano homem de há tempos ainda não voltará.
(Julho de 2012)