Soneto da vida
Vivo em desuso usando a vida,
caio em chão reverberando e
ouço os pássaros vibrar.
Tormento é um vento sujo que
leva meu semblante límpido e
deixa-o poluído com as vestes
vestidas pela vida oposta.
Borbulho em espumas que ardem,
meus braços tocam as paredes
imaginárias que me prendem.
Sigo estoico, perdido entre dois mundos,
naufragando entre verdades e mentiras,
vigiando o que está ao meu entorno
pulverizando minh’alma.