SAUDADES POENTES
Sempre haverão muralhas, distâncias
Separando, sem pesar, grandes amores
Olhares a se perderem em galopancias
Desbravando cascalhos, buscando flores
Um olhar, na eterna busca d'outro olhar
No horizonte, que a tarde afaga e entorpece;
Um corpo querendo um outro encontrar;
Sensações brotando, e d'alma fluindo prece!
Lá no horizonte encontram-se tatuadas
Excelsas imagens _doces alucinações;
Faces refletidas... tão idealizadas!...
Ilusões que de meras ilusões não passarão
Desvairadas dores no peito incrustadas
Saudades poentes que sempre nascerão !