SONETO DA PERDA

Quis falar de uma saudade

não de uma lembrança

tampouco duma ausência

mas do que de repente se fez

Num coração desprevenido

cegado de obstinada paixão

por sua flor de estação

que em vão a cultiva ainda

No vaso em que secou

a esperança de um dia receber

a flor que não tem mais

No botão que nem se faz

nos dias que inerte o vento leva

a plantinha que já não sonha mais...

Almarik
Enviado por Almarik em 05/08/2021
Código do texto: T7314330
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