SONETO DA PERDA
Quis falar de uma saudade
não de uma lembrança
tampouco duma ausência
mas do que de repente se fez
Num coração desprevenido
cegado de obstinada paixão
por sua flor de estação
que em vão a cultiva ainda
No vaso em que secou
a esperança de um dia receber
a flor que não tem mais
No botão que nem se faz
nos dias que inerte o vento leva
a plantinha que já não sonha mais...