DE MADRUGADA

São quatro e trinta da manhã. Aqui

A luz do sol ainda não raiou.

A passarada do campo, o bem ti vi,

Nem mesmo o sabiá se anunciou.

Mas eu, no entanto, um verso já escrevi,

O sol dentro de mim já despertou,

Bem mais madrugador que a juriti,

O meu primeiro verso já cantou.

Espero escrever mais, chegar ao fim,

Concluir um poema, ou coisa assim,

Que seja bom, ao menos, de se ler,

Que a mim não faça mal, nem a ninguém.

Estou chegando perto já do além,

Não quero maltratar quando escrever.

Pitanga, Pedra, Santo Amaro

26/10/2020 – 4:30

Raymundo de Salles Brasil
Enviado por Raymundo de Salles Brasil em 04/08/2021
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