O RECICLAR DAS FLORES
Finda-se um ciclo...e as flores se fecharam!
Omissas!- sequer retornaram ao jardim
De resquícios de cores que pareciam infindáveis,
Como todo o amor que sempre nega o seu fim!
Finda-se um ciclo...e já num labirinto,
A paixão desvairada perambula a espreitar
Pelas flores que dormem, a buscar um sentido
O de as reflorescer...para se perpetuar...
Há um campo tão fértil, bem lá dentro do peito...
Aonde o ardor dum desejo pode já despertar
Flores adormecidas...que já desprecavidas...
Em nova primavera...são cores a palpitar.
E recicla-se a vida...como qualquer ferida,
Cuja dor já sentida, já nem sabe pulsar.