Desventura
Cercado pela multidão a qual andava;
A insana angústia me oprimia na Praça,
Eu não entendia que era uma cilada,
Meu âmago vazio já não aguentava.
Acreditava na vida nobre e afortunada;
Iludido fiz “amigos” que me reduziu a nada,
Desta feita, fui algoz de mim na jornada;
Forasteiro rastejante à beira da estrada
Não tinha guarida, o tempo não para;
O passado não volta e a vaidade passa;
Assim, fui definhando, já não tinha calma
Era um labirinto dentro da minha “casa”
E os ditos “amigos” já não me amavam
Pois eram ricos de bens, mas pobres de alma.