Da piedade

Da piedade

Meu coração em dor que se pondera

Andava, por te querer, bem preocupado

Pois dois ímpios andando lado a lado

Certamente é a morte que os espera.

Como índole a tudo reverbera

Meu lençol sorriu angustiado

De te sentir amante dedicado

E a quem não seduz qualquer quimera.

Assim, a piedade em minha boca

Foi se fazendo igual a prece louca

Que gritei chamejante ao travesseiro.

Ao ver tão radiante meu consorte

Como hei de negar pequena morte

Ou condená-lo por morrer ligeiro?

Franciele Bach
Enviado por Franciele Bach em 31/07/2021
Reeditado em 31/07/2021
Código do texto: T7311473
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