BOTÃO E ESPINHO

No claustro se confrontam, em consenso,

o temporal revolto, a calmaria

e, deste embate, a insânia saberia

dizer o quanto quero mais intenso.

Ateio as emoções e recompenso

aquele que, exaltado, presencia

as maravilhas todas da porfia

travada enquanto estou aqui suspenso.

Um sórdido convite me importuna:

ss pelos, a bailar na pele inteira,

celebram aprazível desfortuna.

A lucidez se afasta sorrateira

porque preciso mesmo é que me puna

o amor, botão e espinho de roseira.

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Trabalho finalista do Prêmio Literário Dra. Vânia Diniz, edição 2021, promovido pela ALB-DF.