Saudades
Por onde andares, não me esqueças
De todos os minutos que perdemos
O tudo sobre o nada que tivemos
E de saudades peço – não padeças!
Por onde você passar, por lá estarei
Acompanhando o tênue pensamento
Como uma folha suspensa pelo vento
Teu caminho inquieto, sempre seguirei.
Serei o reflexo da efêmera imagem
Que não se apaga na leda miragem
Misteriosa afeição que chama e seduz!
Na insistência do tépido desejo,
Serei como a bruxaria do lampejo
Que à desumana saudade me conduz!