Soneto de chama acesa
Venha depressa, ó meu amor, não tarde!
Vem logo enquanto a chama está acesa
Bem sabes que a saudade que me invade
Pode bem chegar de novo sem surpresa.
Quando tardas o meu ser se desespera...
Meu coração falha a batida no compasso
Pois para ver-te o quanto antes delibera,
Já sonhando se encaixar no teu abraço...
Mas se o lume desse amor fica oscilante
E a tremular entre a esperança e o desejo
Fico de longe a observá-lo claudicante...
E te esperando em todo o tempo vigilante
Cuido ainda para que o vento, num bafejo,
Não cesse a nossa chama num instante.
Adriribeiro/@adri.poesias
Adriribeiro/@adri.poesias