Soneto de chama acesa
 
Venha depressa, ó meu amor, não tarde!
Vem logo enquanto a chama está acesa
Bem sabes que a saudade que me invade
Pode bem chegar de novo sem surpresa.

Quando tardas o meu ser se desespera...
Meu coração falha a batida no compasso
Pois para ver-te o quanto antes delibera,
Já sonhando se encaixar no teu abraço...

Mas se o lume desse amor fica oscilante
E a tremular entre a esperança e o desejo
Fico de longe a observá-lo claudicante...

E te esperando em todo o tempo vigilante 
Cuido ainda para que o vento, num bafejo,
Não cesse a nossa chama num instante.


Adriribeiro/@adri.poesias
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 28/07/2021
Código do texto: T7309333
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.