Da janela para a Porta
Da janela vejo flores, pássaros e plantas;
E no rio de água corrente o junco de dois amores,
São lírios de uma história regada aos mil sabores,
O amor é primoroso e a paixão a ti encantas
Curioso igual criança, eu sigo tuas andanças;
E como um discípulo que segue também as dores
Não apenas os afetos, os alentos e os primores,
Da janela ainda recordo aquelas turvas lembranças
E com dor dentro do peito, já me falta esperança
Pois o junco dos amores se desfez nessa aquarela,
Meu olhar não mais incide na vista de uma janela
Pois aquilo que era belo, agora se transformou
Com a passagem do tempo, a memória apagou
Não mais vivo na janela, na porta encontrei o Amor.