Da janela para a Porta

Da janela vejo flores, pássaros e plantas;

E no rio de água corrente o junco de dois amores,

São lírios de uma história regada aos mil sabores,

O amor é primoroso e a paixão a ti encantas

Curioso igual criança, eu sigo tuas andanças;

E como um discípulo que segue também as dores

Não apenas os afetos, os alentos e os primores,

Da janela ainda recordo aquelas turvas lembranças

E com dor dentro do peito, já me falta esperança

Pois o junco dos amores se desfez nessa aquarela,

Meu olhar não mais incide na vista de uma janela

Pois aquilo que era belo, agora se transformou

Com a passagem do tempo, a memória apagou

Não mais vivo na janela, na porta encontrei o Amor.

Gilmar Ramos
Enviado por Gilmar Ramos em 27/07/2021
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