Irreverentes versos.

Idade

Sinto a pele que enruga

Sob o olhar da vaidade.

A tez que me resulta

É o semblante da idade.

Toda essa imagem fajuta

No espelho da realidade,

O que vejo me insulta

Com o peso da gravidade.

Porque o que existe muda

Num vai e vem acintoso

Deste debochado universo.

Para apaziguar minha luta

Contra meu reflexo jocoso

Crio irreverentes versos.