UM AMOR PROIBIDO
Presente sempre estás, rosa mulher.
Sinto aqui o rastro do teu perfume,
E o meu peito arde como um lume,
Enquanto desfolho um malmequer.
A calêndula sente o meu sofrer.
Sente o vibrar d’uma mão que treme,
E o sussurro de um coração que geme,
Quanto mais demora em te rever.
Um deus nos fez como a um sol e a lua,
Jamais posso ver a imagem tua,
Como se fosse uma maldição.
A lei dos homens nega o nosso amor,
Embora não convença o coração,
Que pena esta pena sem razão.