Melro-Preto Trinador
No fundo do quintal temos palmeiras,
Era o fim da tarde e ouvi os trinados,
Um canto diferente das aves costumeiras,
Fui observar e vi um Melro amarelado,
Na verdade eram dois, um casal, pretos,
Com aquela mancha amarela nas asas,
Percebi que colhiam fios como cabrestos,
E teciam um ninho para ser sua casa,
Torci para que desse tudo certo na obra,
Pois a folha onde teciam o ninho estava seca,
Não me pareceu uma escolha certeira,
Mas quem eu sou para desdenhar a natureza,
Eles cantam maravilhosamente toda tarde,
Trazendo alegria para meu quintal de sobra.