VASTIDÃO DA ALMA

Toda ínfima fração do espaço se parte

No aparte incólume à vastidão da alma,

Nas cores sós de um coração que trate

De ser vital no verso que lhe acalma...


Toda síncope ilesa de cores ágeis

Torna-se presa de amores tão intensos

Que toda fé nas potestades frágeis 

Requer vontade dos sonhos mais propensos...


Pois não sejamos reflexos de estrelas mortas,

Assim, nas portas de um sentimento atroz,

E tão veloz quanto estas letras tortas !


Não, não sejamos máquinas do mundo, em si,

Perdido no céu que sucumbiu em nós,

Como resquício de um sonho que de nós sorri.







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