O Prólogo

Dentro do nada está tudo.

Antes de alguém, só ninguém.

O som do silêncio, mudo,

a palavra em si contém.

O tom dum tambor, contudo,

vibrou no espaço – um amém.

Potência em ato, um segundo,

fez-se o mundo – e era bem.

Da teodiceia houve o prólogo –

pairava a vida em suspenso,

no hiato entre o sim e o não...

Mas não bastou-se o Eu Penso –

O amor venceu a razão...

Na encarnação do Logos.

J C B Camerini
Enviado por J C B Camerini em 19/07/2021
Reeditado em 30/12/2022
Código do texto: T7302807
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