O Prólogo
Dentro do nada está tudo.
Antes de alguém, só ninguém.
O som do silêncio, mudo,
a palavra em si contém.
O tom dum tambor, contudo,
vibrou no espaço – um amém.
Potência em ato, um segundo,
fez-se o mundo – e era bem.
Da teodiceia houve o prólogo –
pairava a vida em suspenso,
no hiato entre o sim e o não...
Mas não bastou-se o Eu Penso –
O amor venceu a razão...
Na encarnação do Logos.