Medusa
Tolo, afastai daqui o imprudente olhar!
Que em pedra horrenda posso a vós tornar.
Inexorável hoje é tal desgraça. . .
No idos, foi Atena que roubou-me a graça!
Culpada fui pelo que o deus do mar
Apeteceu. . . Oh dor que não vai cessar!
Quem aqui vem, incauto, vê e fracassa. . .
Vira uma rocha se o meu olhar transpassa.
Não se iludais, porém, com tal hediondez!
Sacerdotisa fui do templo de Atena. . .
Belos cabelos louros e pulcra tez,
Minha beleza atraiu o rei Poseidon,
Que quis fazer de mim a sua Helena. . .
Oh, deusa Atena, quão execrável dom!!