SONETO DE UM ANDARILHO.
Tenho fome do teu sorriso,
das tuas mãos tocando as minhas,
do teu olhar procurando os meus,
e do teu cheiro nas minhas narinas.
Vejo a felicidade vindo do seu riso,
e os desejos no ínfimo das entrelinhas,
quando em sonho permeio os teus,
sigamos nós, duas almas peregrinas.
Tenho sede do seu riso cristalino,
e da tempestade que aflige o coração,
quando a alma almeja um pouso.
Enfim, te quero como um felino,
num ato supremo de pura adoração,
na paz de uma Libélula em seu pouso.