Olhar de Espanto
Olhar de Espanto
É seu olhar de espanto ao ver nascer o dia
E o desgraçado o que vê quando amanhece,
Que o sol não é de todo para quem padece
Mas ainda assim o pobre para Deus sorria!
Poeta era, profeta foi, e assim o poema cria
Pensamentos e divagações vos oferece,
Com ele os versos que que o mísero tece
E a sua imaginação no tempo porfia…
Velho e cansado dos bens da vida desprotegido
Nos versos lavra a sua vida como um castigo
Escrevendo quantas vezes não faz mesmo sentido,
A manhã cedo clareou depois da noite escura
Sonhou e escreveu a um seu também velho amigo
A verdade num poema ainda que raro mas puro!
Casmil, 14.07.2021