Sonhos perdidos

Olhar infinito do verão seco
nos cerrados de Brasília,
forte com a luz do sol
que queima e arde no seu coração.

Paixão perdida por entre as árvores,
tatuadas nas saudades da infância,
crescida nas canções de amor,
no descontentamento perdido atrás da porta.

Savana vazia na queimada do destino,
renascido, mesmo cedo, na poesia
recordada pelo poeta em ilusão.

Sonhos perdidos nos sofismas das dores
deixadas no engodo da juventude do Planalto Central,
seduzido pela conquista da mente purificada por dentro.