O Mentor
Na cisma a criatura que se imagine
O que abrigou a soberba gera a terra
Na grande roda da vida que encerra
O que já andou a aconselhar ensine.
Ninguém espera o mau da mão amiga
Nem o que sonhou mais altivo tece
No canto triste do cantor esmaece
Ao largo da grande sombra antiga.
A barca da fantasia do meu sonho
Ainda caça o pesadelo tristonho
Acordar já não queria mais o mentor.
A abstração do sonho chegando tarde
Deixa a alma esperando o seu mentor
E tudo acaba tarde, o ensejo arde.