Velho moinho
Velho moinho, antigo e abandonado
Tão solitário - é triste o teu viver!
O teu lamento, este teu padecer
É semelhante à minha dor, meu fado;
Quantas águas por ti tem passado,
Nas tuas rodas, mansas, a correr...
Cantavas tão alegre a discorrer
A tua voz como um hino entoado;
Também meus olhos (tão secos agora!)
Já foram cheios de ilusões, de sonhos
Das lágrimas que derramei outrora;
Azenha – nossos ais são tão tristonhos:
Mas teu ranger, meu coração que chora
Foram alegres, já foram risonhos...
Velho moinho, antigo e abandonado
Tão solitário - é triste o teu viver!
O teu lamento, este teu padecer
É semelhante à minha dor, meu fado;
Quantas águas por ti tem passado,
Nas tuas rodas, mansas, a correr...
Cantavas tão alegre a discorrer
A tua voz como um hino entoado;
Também meus olhos (tão secos agora!)
Já foram cheios de ilusões, de sonhos
Das lágrimas que derramei outrora;
Azenha – nossos ais são tão tristonhos:
Mas teu ranger, meu coração que chora
Foram alegres, já foram risonhos...