LÁGRIMAS DE CIRRUS
“Soneto construído com base na forma rímica: ABAB BABA CCD EED.
Do Poeta Guilherme de Almeida: Dor Oculta”.
autor: j.r.filho.
O orvalho mitigando a falta de água,
Reinante nos sertões de “mato pálido”,
Escorre pelos caules e deságua
No solo, ressequido, em beijo cálido.
O esforço pela vida sempre é válido
E a caatinga aguarda alguma bágua
Para hidratar o lenho semiesquálido,
Que não suporta mais arder em frágua.
A lágrima caída, na matina,
Socorre toda a flora e a cromatina
Dos seres dependentes das monções...
Enquanto cirros pairam lá no céu,
Aos poucos, some o seco mausoléu,
No ciclo sazonal das estações.
Amélia Rodrigues-Ba. 09/06/2021.