LÁGRIMAS DE CIRRUS

“Soneto construído com base na forma rímica: ABAB BABA CCD EED.

Do Poeta Guilherme de Almeida: Dor Oculta”.

autor: j.r.filho.

O orvalho mitigando a falta de água,

Reinante nos sertões de “mato pálido”,

Escorre pelos caules e deságua

No solo, ressequido, em beijo cálido.

O esforço pela vida sempre é válido

E a caatinga aguarda alguma bágua

Para hidratar o lenho semiesquálido,

Que não suporta mais arder em frágua.

A lágrima caída, na matina,

Socorre toda a flora e a cromatina

Dos seres dependentes das monções...

Enquanto cirros pairam lá no céu,

Aos poucos, some o seco mausoléu,

No ciclo sazonal das estações.

Amélia Rodrigues-Ba. 09/06/2021.

José Rodrigues Filho
Enviado por José Rodrigues Filho em 09/07/2021
Código do texto: T7296157
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