AUSÊNCIA
(Sn/54)
Tórnam-se os segundos, severa espera,
Peregrina, por certo, à dura condenação.
Instantes de tédio, sem liberdade imperam,
Provo e sigo o negro caminho da sensação.
Quem poderá sentir meu cansaço e inércia?
A dor, vácuo em minha alma a dor de mim?
Vasta visibilidade, mundo que cega e fenece?
Sou minha ilusão, resquícios da imaginação!
Choro a fuga abstrata em mistérios involuntários.
Ser o que não sou, que pensa e sente-se nulo,
Incógnito, transeunte, seguido pela sua sombra!
Isolamento entre eu e o mundo estrada a seguir.
Horas estranhas da falta de mim, entro em mim.
Tentar enobrecer, sentir, sem que eu sinta o fim!
(Sn/54)
Tórnam-se os segundos, severa espera,
Peregrina, por certo, à dura condenação.
Instantes de tédio, sem liberdade imperam,
Provo e sigo o negro caminho da sensação.
Quem poderá sentir meu cansaço e inércia?
A dor, vácuo em minha alma a dor de mim?
Vasta visibilidade, mundo que cega e fenece?
Sou minha ilusão, resquícios da imaginação!
Choro a fuga abstrata em mistérios involuntários.
Ser o que não sou, que pensa e sente-se nulo,
Incógnito, transeunte, seguido pela sua sombra!
Isolamento entre eu e o mundo estrada a seguir.
Horas estranhas da falta de mim, entro em mim.
Tentar enobrecer, sentir, sem que eu sinta o fim!