Sopro
Sem mais, sem menos e sem mentira,
sem a ira que mata a humanidade,
liberdade com prisão, quanta asneira
sem eira, sem beira, e com maldade.
Com vontade, com desejo, brincadeira,
bandeira verde amarela, liberdade,
tardes, noites, e manhãs, altaneiras,
verdadeiras ilusões sem claridade.
Covarde o tempo, doridos ais, os anos
e planos se perdendo pela estrada,
pegadas sem um norte, qual ciganos,
desenganos que, enfim, darão em nada.
Nos sobra indecisão pra mente e corpo,
de resto, é lida e vida, essa é sopro.
Josérobertopalácio