O CLAMOR DOS SERAFINS.

Nas estradas abertas eu trilho minha dor

Entreguei minha luta ao encargo do amor

Altruísta e soturno ele abarca meu ego.

E me faz forasteira de prazeres excelsos.

Choro a lágrima eterna da poesia fecunda

Poesia/sentimento - não a mercadoria/burra

Sigo "soneteando" o lamento da deusa Mnimósine

Que enfeita de memória cada ser no universo

Entoando meu cântico revejo encantos antigos

De um tempo saboroso, que jaz embalsamado

Jardins e pomares generosos e insignes.

Quero entrar nos matizes perdidos do devir

E resistir entre espinhos e Serafins pelo sopro

Amado de um outro porvir mais honroso.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 27/06/2021
Reeditado em 27/06/2021
Código do texto: T7287971
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