O CLAMOR DOS SERAFINS.
Nas estradas abertas eu trilho minha dor
Entreguei minha luta ao encargo do amor
Altruísta e soturno ele abarca meu ego.
E me faz forasteira de prazeres excelsos.
Choro a lágrima eterna da poesia fecunda
Poesia/sentimento - não a mercadoria/burra
Sigo "soneteando" o lamento da deusa Mnimósine
Que enfeita de memória cada ser no universo
Entoando meu cântico revejo encantos antigos
De um tempo saboroso, que jaz embalsamado
Jardins e pomares generosos e insignes.
Quero entrar nos matizes perdidos do devir
E resistir entre espinhos e Serafins pelo sopro
Amado de um outro porvir mais honroso.