SENHOR TEMPO.
Então, o tempo é implacável senhor,
ditam as regras, nos aponta o dedo,
é ditador, um insano senhor de nós,
nós desgastam,vai nós defenestrando.
Vai esfriando o nosso jovial calor,
nos desgasta sem nos causar medo,
é impositivo, magnificamente feroz,
ao fim da linha, vai nos empurrando.
Mas o tempo, tem lá seus caprichos,
nos sopram, alisam nossa caminhada,
deixa-nos leves,como uma frágil pluma.
Vai nos conduzindo, como seres bichos,
passo, a passo, como imbecil manada,
e sem sentir,da morte,sentimos a bruma.