Soneto em Quatro Acordes [3 Mundos]
O tempo morreu! O tempo se foi...
O nada restou: Minh'alma chorou...
O céu semi-azul rasgou-se em dois:
Acorde, ó Deus, que o mundo surtou!
O cérebro humano e a carne de boi
São duas maçãs que o homem moldou
Na fome da fama vinda depois...
Acorde-se à si que o mundo mudou!
Não vês que do nada-escuro viestes?
Não vês o terror do amor que me destes?
Acorde pro mundo, acorde sem dor...
Jamais desejei cair n'amplidão...
Dos olhos vazios de solidão...
Caí n'universo vago da Flor...