A donzela no rio

Ria chorando as águas dum capibary

A virgem que cheirava a uma flor de lotus.

Yara? Não! Caipira dona de si,

Mademoiselle de lábios ignotos.

O rio destaca sua pele cabôca.

A correnteza beija seus cabelos!

E a língua do mar toca sua boca,

Sente-se a bela dama dum castelo!

Pudesse desaguar teu olho orvalhado,

Faria qual um inocente cavalheiro

Desassombrando uma senhorita pávida.

Tudo para te ver num lar arvorado,

Segura co' a arma do melhor ferreiro,

Firme, crendo ainda na sua própria dádiva.

Kûatiasarusú
Enviado por Kûatiasarusú em 23/06/2021
Código do texto: T7285345
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