O ASTEROIDE
Anda pelo Cosmos, feito voarilho
Qual vagabundo astro aventureiro,
Sem dele haver conceito verdadeiro,
Iluminando o espaço com seu brilho.
Não tem galáxia certa nem abrigo,
Muito menos s´ lhe sabe o paradeiro,
Estranho corpo, qual ténue luzeiro
De movimento breve e sem rastilho…
Passa o asteroide, não se sabe quando,
Urge, porém, que um nome se lhe dê
Em cada hora quando alguém o vê
Pois que p´ lo Cosmos outros vão passando.
Não é tarde nem cedo, feito o estudo
Por um distinto astrónomo português,
Dar-se-á um nome, ajuste de entremez
Qu´ esclarece o neófito conteúdo.
Por semelhança a um mar em desalinho
Oh, vem mesmo a calhar: será Peixinho!
Frassino Machado
In ODIRONIAS