SONETO
SONETO AO PEDINTE
Eu vejo o pobre carente
Vagando como pedinte
Ouvindo do prepotente
O mais verdadeiro acinte
O pobre não tem requinte
E vive como indigente
Ninguém o quer como ouvinte
E menos como parente
Neste mundo saláfrario
O nosso irmão proletário
Nem tem vos e nem tem vez
Todo sujeito nababo
O trata com menoscabo
O nosso irmão campones.