Decifra me ou te devoro

Eis que me vem a verdade fatídica

Mostrando a real face do desespero

Um impostor charlatão e esgueiro

Rápido verniz numa reação alquídica

Se alimenta do incerto e belisca o ego

Perspicaz e safo tentando se esconder

Confunde, diz que os outros tem o dever

De nutrir o que me satisfaz e me apego

Pobre sentimento que reina o mundo

Visceral, quase indomável tirano imundo

Vem enganar me mais uma vez desgraçado

Decifrei te inepto, só enganas sabes quem?

Aos que esperam um trem que nunca vem

Num lugar por sí próprio abandonado.