DESPROPÓSITOS...
Ah!... Quantas coisas poucas vejo nesta vida
Guardarem seus propósitos mais sérios, veja:
O sol quando sua boca luminosa beija
Os pássaros e as árvores na manhã sentida...
Ah!... Mas são tantas coisas poucas, vasta lida
A fonte, por exemplo! Deus que a proteja
Nos córregos, nos rios, onde o mar almeja
Propósitos de pura água fornecida...
E quanto aos meus propósitos de ser poeta?
Talvez eu não os veja numa linha reta,
Mas sim nos despropósitos sinuosos meus...
Talvez, somente neles ache as coisas raras
As muitas coisas que na dor as veja caras
Propósitos do amor, depósitos de DEUS...
Autor: André Luiz Pinheiro
19/06/2021