QUEIXAS
Um rastro da servil idolatria
percorre os olhos tolos e fraquejo:
a madrugada algente me esvazia,
embala o despudor do rumorejo.
Alimentadas por algum sobejo
deixado nesta cama tão sombria,
palpitações imersas em desejo
às débeis queixas fazem companhia.
O desconsolo tanto até reprime
as reverências para o amor sublime
que, novamente em crise, ressuscito.
Ainda não refeito deste abalo,
depois de abandonado, pouco falo
e deixo fenecer latente grito.