SONETO ESTRAMBÓTICO

O que não aprendi, não prego e não ensino,

não ensino e nem prego o que não aprendi

aqui eu não rezo e nem toco o sino

no sino, o badalo, eu vejo daqui.

Perdi o caminho que leva ao divino,

albino ou escuro, na côr vou agir,

seguir pelo norte, o sul não é aqui

aqui não é o sul, onde é não ensino.

Afino as cordas sem o diapasão,

sem diapasão as cordas afino,

divino é o som do meu violão.

Bordão do poeta, do verso rimado...

Findado o poema é grande a emoção,

em canção, depois ele é transformado

afinado igual é o meu senão.

Canção do poeta é filha da arte,

com ele reparte sua aptidão.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 15/06/2021
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