Doze anos

(A Beatriz T…)

Quando tinha meus doze anos, todo dia

Com a maturidade punha-me a sonhar;

Todo impaciência, mal podia esperar

Por quando os vinte e sete comemoraria.

E tenho agora vinte e sete – e quem diria

Que o exato oposto viria a se dar?

Para que aos doze anos pudesse voltar,

A todos meus poemas sacrificaria!

Não tenhas pressa de crescer, minha querida;

Desfrute de tua infância calmamente

Antes que chores por tua jeunesse esvaída.

Floresça, até lá, maravilhosamente!

(Mas da Poesia não tragues por toda a vida,

Pois não quero ter tão bonita concorrente.)

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 14/06/2021
Código do texto: T7278497
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