Doze anos
(A Beatriz T…)
Quando tinha meus doze anos, todo dia
Com a maturidade punha-me a sonhar;
Todo impaciência, mal podia esperar
Por quando os vinte e sete comemoraria.
E tenho agora vinte e sete – e quem diria
Que o exato oposto viria a se dar?
Para que aos doze anos pudesse voltar,
A todos meus poemas sacrificaria!
Não tenhas pressa de crescer, minha querida;
Desfrute de tua infância calmamente
Antes que chores por tua jeunesse esvaída.
Floresça, até lá, maravilhosamente!
(Mas da Poesia não tragues por toda a vida,
Pois não quero ter tão bonita concorrente.)