Elegia à Inocência

Teu rosto resplandecia pureza

E teu doce sorriso em virgens lábios

Ocultava a todos uma tristeza

Que te maculou com torpes ressábios.

Outrora tão casta, ora dissoluta.

Por que assim te feres, irmã tão amada?

Esqueceste que renhida é a luta,

Mas que a vitória é o fim da jornada?

A inocência, a perdida inocência,

Cuja morte os corações entristece,

Não compele a esperança tolher.

Dobra teus joelhos, regressa à decência.

Até um nobre espírito desfalece,

Mas contrito remissão busca obter.