A PENITENTE
Inerte, joelhos dobrados, a fio
Varando noites, num rogo silente.
Não importa se calor, ou se frio
Seu corpo viciado lhe consente!
Voa su'alma num clamor ardente:
Rogos... bate no peito... mea-culpa!
Chora por seus pecados!... Piamente
Espera, absolvição das graves culpas.
Já não há pesar. Coração em fuga
Despede-se dos medos opressores,
Entregando ao Divino as suas dores.
Uma sombra no seu olhar transmuta,
Contemplando excelsa Luz em breve êxtase...
No seu semblante há uma paz augusta!
INTERAÇÕES QUE RECEBO COM CARINHO
DO MESTRE JACÓ FILHO
Quando a Deus, tudo peço,
Para mim e pros demais,
Faço em porções iguais,
Com o amor que professo...
DO MESTRE E CONTERRÂNEO FCCUNHA
OLHAR PENITENTE
Quando o olhar do penitente cobra,
O que do alto vem, sobre os joelhos,
Sua face diante dos espelhos,
Chora de dor quando o joelho dobra.
O pecado rastreja como cobra,
Se refletindo no olhar vermelho,
De mãos posta aos céus pede um conselho,
A penitência então ele redobra.
As suas mãos se juntam numa prece, Enquanto o olhar fixo agradece,
Por tudo que de pronto conseguiu.
E o penitente de alegria chora,
Quando a tristeza amarga vai embora
Mas deixa o peito muito mais vazio.
Para a conterrânea e grande poeta Erivas, Com o intuito único de aplaudi-la. Fernando cunha lima 03-07-2021.