SONETO DE AMARGO AMOR
teus olhos castanhos
indiferentes, estranhos
diante da beleza do mar
vêem apenas naufrágio
tuas mãos de alabastro
hesitantes, exigem cadastro
carícias não podem dar
mas cobram pedágio
teu preço sempre tão alto
teu enigma indecifrável
quem é você senão labirinto?
e o coração que tomas de assalto
pequeno e vulnerável
como se safa de teus instintos?