soneto da insônia
o corpo responde
à alma cansada:
insônia azia saudade
não do que não f(l)ui
do que é e se esconde
na solidez do sonho
o desejo é o opaco
mas a alma descansa
e colhe um verso
dentro da sombra
dentro da meia noite
dentro da madrugada
onde o casulo se rompe
e o voo começa no sono