DUELO II (REVISÃO)

Tomo da caneta como a uma espada,

o que há em mim de lúcido, lastima.

Planejo estratégias de emboscada...

Impávido, o papel, me subestima!

Invisto com palavras garimpadas,

estoco com metáforas e rimas.

Mas, o imaculado em sua tez pálida,

se esvai qual fosse estrela matutina.

Reluto em insistir com a arma branca,

partir para o confronto mano a mano.

Mas é dele o ar blasé com qual espanca,

minha tola insegurança de humano.

Derrotado, a angústia ganha espaço...

Mas persisto, escandindo meus fracassos.

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 05/06/2021
Reeditado em 18/12/2021
Código do texto: T7271888
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