Soneto Torto
Os meus ouvidos são minha medida.
Os meus poemas são meus sentimentos...
A minha voz reverbera nos ventos
Que trazem dores na infame partida...
Minhas palavras são pedra e cimento...
Trago no peito a fumaça da vida...
Rasgo a garganta da Besta erigida
Sob o Poema vazio e cruento...
Não temo chegar no Reino das Feras
Ou onde os ardis e falsos poetas
Escrevem sonetos crassos e mortos...
Os meus ouvidos são duas panteras
Que não se assustam com letras excretas
Mas tremem e choram em versos mui tortos...
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