Tá na Conta
Tá na conta ou caiu, meus ouvidos anseiam,
O pagamento da prefeitura é o que espero.
Mas sigo aflito, 30 dias inteiro,
Enquanto os cobradores, tristonhos, me rodeiam.
Minha vida não mudará, me lamento.
O peso do débito pesa em meu coração,
E a angústia cresce em cada repetição,
Das vozes vorazes que me cobram a todo momento.
Oh, consumismo, autor das agruras humanas,
Fornecedor das mazelas e aflições deste mundo,
Inspira-me a retratar essas questões insanas.
Na escrita destes versos, eu sorvo, profundo,
A essência desse sofrer, essa espera, tortura,
E da incerteza financeira, eu me afundo.