Poema do Fim de Maio

Perdida, ante à voz do meu desejo,

Revelo-me assim embevecida,

Entre o tom da coragem face ao medo,

Na doçura ou nos rompantes dos segredos.

Caída, com os meus pés aventureiros;

Prostrada, fascinada de lampejos

Ante ao aurora malfadada ao sagrar-se

Ou à cor marfim da noite de olhos negros.

E assim, aventureira e constante,

Presa aos fatos árduos ou suavizantes,

Volvo a vida em tom reverberante.

Se surpresa ou inesperado atormentante,

Na minh'alma as nuances de vermelhos

Verte em calma a taça do desespero.

Kalliana Arcanjo
Enviado por Kalliana Arcanjo em 02/06/2021
Código do texto: T7269826
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