AH! DONA ESTER
Ah! Dona Ester, às vezes, os momentos
Que me dou, por estar de ti distante,
Neste meu existir assim errante,
De um ser dilacerado e sem alentos,
Não posso suportar aos fortes ventos
De agonia que se faz exorbitante,
Nem a dor da saudade, que é sonante
Nos meus silenciosos sofrimentos.
Um pesar assim na alma se me faz,
No peito, machucando tanto, tanto,
Que vai se decantando mais e mais,
A ponto de chegar, pra meu espanto,
Que ficam minhas forças para trás
E viro apenas dor... somente pranto!