O menino jornaleiro
Quando era criança
no bairro onde morava
chamado Encruzilhada,
todo final de semana
desde cedo ali estava
na esquina da rua onde morava
na calçada vendendo os jornais
que passavam de uma centena
quais, demonstravam uma cena
de uma realidade nunca vista,
por isso não esqueço jamais.
Nesse tempo vividamente lembro-me
que ninguém assinava jornais
e, por ser uma esquina movimentada
porque de carro muita gente passava
para irem até a igreja de Belém
que, bem perto onde ele estava se encontrava
para, quando da missa retornarem
ali rapidamente comprarem
portanto e sem espanto
geralmente antes das onze horas
àquele menino jornaleiro
aos domingos vendia todos os seus jornais
E, pacientemente esperava pelo seu pai
que era um feirant da feitornar.