DOCE VENTO

Vais pensando, ó vida da qual me alenta,

se um suspiro só de mim se ergue

faz que minha vontade em si aguenta

cada golpe que recebo não me envergue.

Se vejo tua luz, na escuridão a vejo,

se acalentado sinto-me nos vergões do abismo

que estão me pondo à beira de um vil desejo,

abro mão de tudo, do meu egoísmo.

Mas se às vezes me levanto e tento,

caminhar sozinho, com meus próprios pés,

para sentir a brisa desse doce vento.

Acho que de encontro a tudo e dessas marés,

Vou rasgando o véu e sob tua eira  me assento,

derramando lágrimas em teus rodapés.

(YEHORAM HABIBI)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 24/05/2021
Reeditado em 21/06/2021
Código do texto: T7263187
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